Em 2021 nasce a Open Co – resultado da fusão da Geru e Rebel, grandes empresas do segmento de empréstimo pessoal no Brasil. Devido o potencial de ambas instituições, a nova fintech pode-se considerar uma das maiores empresas no segmento de empréstimo sem garantia no mercado.
Ao unir as operações da Geru e Rebel a nova empresa vai acelerar o processo de inovação neste setor. A Open Co promete transformar o mercado de crédito no Brasil, de uma forma justa, acessível e flexível para os clientes. Além disso, a instituição anunciou na quarta-feira (24), que irá receber um aporte no valor de R$ 150 milhões.
Assim, em rodada cedida por Goldman Sachs (grupo financeiro multinacional) e IFC, e participações da Monashees, Chromo, LTS, Sampa e Raiz Investimentos. Segundo os cofundadores da nova fintech, o valor será para investir em tecnologia e também em novos produtos.
Dessa forma, a empresa que acabou de nascer, terá mais força e dará continuidade ao propósito que é reinventar um mercado que sempre foi dominado pelos “bancões”. Assim, acabam obrigando as pessoas a submeterem à altas dívidas, resultados de juros abusivos, burocracias e falta de oportunidades.
As expectativas da Open Co ainda para 2021.
De acordo com o um dos cofundadores da fintech, Sandro Reiss, a empresa irá trabalhar para garantir que os brasileiros que precisarem de um empréstimo tenham acesso. Desde que quando existem no mercado, juntas a Rebel e Geru originaram cerca de R$ 1,5 bilhão e possuem mais de 100 mil clientes. Sendo assim, a expectativa da Open Co é gerar cerca de R$ 1 bilhão em créditos ainda este ano.
Mesmo com a fusão, as empresas de crédito continuarão atuando separadamente. Embora ambas fintechs atuem no mercado de empréstimo pessoal (sem garantia), os clientes possuem perfis diferentes, informou Reiss. Logo, manter as empresas operando de forma separada, passa mais confiança aos clientes que já estão acostumados com a forma de trabalhar de cada uma.
Principalmente pelo fato de que a carteira de clientes da Geru, é composta em grande parte por pessoas com pouco mais de idade, com muito acesso ao crédito. Enquanto os clientes da Rebel Empréstimos, são pessoas mais jovens e possuem comportamentos e perfis financeiro visto pelo mercado, como sendo de alto risco.
Diferenciais das empresas, modelo Open Banking
Conforme informações dos cofundadores da Open Co, o modelo de negócio usado pela Geru sempre foi de ciência dos dados e de tecnologia; afim de oferecer menores taxas de juros, uma modalidade de negócio sustentável. A Rebel atua de maneira um pouco diferente, pois usam o modelo open banking, dessa forma é possível uma combinação perfeita ao juntar as empresas.
Além disso, essa fusão irá gerar não apenas economia de custos, mas também ganhos de tecnologia, pois uma empresa pode aproveitar dos projetos mais adiantados da outra. Além de trazer mais vantagens na estrutura de financiamentos. Sobre este assunto, Reiss afirma que devido a junção, a nova empresa vai estar ainda mais equipada não apenas no acompanhamento, mas sendo um agente de transformação no mercado.
Segundo o executivo, devido a pandemia da Covid-19, o ano passado não foi de crescimento para a Rebel e Geru; porém 2021 começou melhor; mas o fato de os casos terem aumentado em todo o país trouxe bastante preocupação. As expectativas é que no segundo semestre, o mercado tenha retomada de forma mais firma as atividades, por conta da quantidade de pessoas que nesse período estarão imunizadas.
Possível IPO
Sandro Reiss deu declarações sobre uma eventual Oferta Pública Inicial (IPO), ele afirma que é um caminho natural. Porém depende das condições do mercado e da empresa no momento em que for discutido a próxima capitalização. Além disso, Reis afirma que este não é um assunto que traz medo ou preocupações, pois já fizeram 9 operações de securitização e possuem área de relação com investidores.
Além da IFC e Goldman que participam da rodada do aporte da Open Co, fazem parte também a Raiz Investimentos, Monashees, Chromo, Sampa e LTS, que já haviam participado de investimentos antigos na Rebel e Geru. Segundo Brian Levin, (área de investimento do Goldman), a instituição percebeu otimismo no potencial do mercado das fintechs no país, e estão satisfeitos em fazer parte da história da novata Open Co.
Enquanto o gerente da IFC no Brasil, Carlos Leiria Pinto, disse que essa estratégia da entidade em dar apoio ao setor financeiro no Brasil inclui também apoio a inclusão financeira, avanços tecnológicos digitais e novos modelos de negócios ainda mais inovadores, como no caso da Open Co.
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