No início do mês de agosto, o projeto de privatização dos correios foi aprovado pela Câmara dos Deputados, mas antes de ser aprovado totalmente o projeto ainda precisa passar pelo Senado. Alguns analistas e profissionais do mercado financeiro avaliaram a privatização como positiva, mas existem algumas ressalvas!
A venda dos correios é mais uma aposta do Governo em seu programa de privatizações, que até o presente momento não teve muito sucesso. Sendo assim, o presidente Jair Bolsonaro foi ao Congresso Nacional no mês de fevereiro desse ano entregar a proposta. O Governo alega que não tem capacidade para fazer investimentos na estatal para poder trazer a modernização que os correios necessitam para acompanhar a evolução da tecnologia e garantir a qualidade no serviço!
Um dos fatores que influenciaram esta decisão do Governo, foi a chegada da pandemia da covid-19 que acabou acelerando o desenvolvimento da tecnologia e ampliou significativamente a busca pelo comércio eletrônico, assim como outros serviços online. na visão do Governo, o projeto de privatização dos correios parece ser o melhor caminho para que mudanças positivas no serviço dos correios possam ser feitas.
O projeto de privatização dos correios, permitirá a rápida transformação digital do mercado no país. Segundo o secretário especial de Desestatização, Diogo Mac Cord, afirmou que o objetivo do Governo é vender 100% do capital da estatal para apenas um comprador, mas, como devem ficar os funcionários da estatal que foram contratados através do concurso público? Vamos descobrir? Boa Leitura!
O que acontecerá com os funcionários dos correios?
Os profissionais que são contratados por uma estatal através do regime celetista, em outras palavras, o profissional que tem a sua carteira de trabalho assinada, este funcionário não possui a mesma estabilidade que um servidor público que é aprovado por meio de um concurso possui, por exemplo!
Por isso, assim que a estatal for vendida, o Governo não terá mais controle sobre as regras de contratação e demissão que podem ser tomados pela empresa que comprou a estatal. Logo, é possível que o novo dono tome algumas ações em especial: transferir os funcionários para diferentes departamentos; ele(a) também pode não fazer nenhuma alteração do quadro de funcionários ou demitir todos os funcionários e contratar uma nova equipe.
Não é comum demitir toda a equipe, porém, pode acontecer. Até em empresas privadas que compram outras empresas, ou nas fusões de empresas, podem ocorrer demissões, pois, em muitos casos quando a empresa adquire outra, já existe uma equipe que está preparada para dar conta de todo o trabalho, este tipo de situação costuma acontecer em setores financeiros.
Conheça a história dos correios
A Empresa de Correios e Telégrafos-ECT, é uma estatal que atua em aproximadamente 5,5 mil municípios do Brasil. A empresa foi fundada no ano de 1969, porém, os serviços postais existem desde o século 17.
Apesar de as encomendas e entregas serem exploradas por muitas empresas privadas, os Correios ainda têm o monopólio de serviços postais, como, por exemplo, cartões postais, cartas, telegramas entre outros serviços. Mandar cartas pode parecer um termo antigo agora, mas, outros serviços como contas de energia, de água, IPTU entre outras contas mensais são entregues através da estatal, por exemplo.
Estes serviços, inclusive, representam um grande volume entre as correspondências nos dias atuais. A estatal é considerada pelos analistas do segmento um ativo estratégico e lucrativo para o crescimento de grupos privados. À vista disso, a empresa que comprar a estatal poderá dar um salto em relação a outras companhias de entregas, porque passará a ter uma base enorme.
Projeto de privatização dos correios
O projeto de privatização dos correios que está em discussão no Governo permitirá a venda de 100% da estatal e também a concessão dos serviços postais para a companhia que adquirir os correios. A companhia compradora terá o direito a exclusividade dos serviços que são prestados pelos correios por pelo menos 5 anos.
Como já mencionamos o Governo alegou não ter capacidade fiscal para fazer investimentos nos correios e também que a estatal não tem condições de realizar o investimento necessário e rápido para se modernizar e competir com empresas que fazem o trabalho similar ao dos correios, porém, estas empresas são particulares, ou seja, possuem o investimento necessário para acompanhar a transformação digital.
Alguns dos poucos investimentos feitos pela estatal somou cerca de R$ 1,1 bilhão em 2019 e também em 2020 antes da chegada da pandemia do novo coronavírus e mesmo assim, a quantia não chega ao montante necessário para a sua manutenção nos próximos anos, por isso a necessidade da venda acabou se tornando uma realidade!
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