A Hyundai anunciou que vai investir R$ 24 trilhões de wons US$ 18,1 bilhões na indústria de veículos elétricos da Coreia do Sul até 2030, fortalecendo sua presença em um segmento que deve dominar a demanda global de automóveis no longo prazo. O plano de investimento do grupo inclui a Kia, que acaba de inaugurar sua primeira fábrica de elétricos na Coreia do Sul. A Hyundai pretende aumentar sua produção anual de EVs na Coréia para 1,51 milhão de unidades e o volume global para 3,64 milhões de unidades até 2030. O grupo também informou que planeja oferecer 31 modelos totalmente elétricos até 2030.
A situação dos veículos elétricos no Brasil ainda é incipiente, no entanto, vem crescendo nos últimos anos. Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico – ABVE, foram emplacadas 2.851 unidades de carros totalmente elétricos no Brasil em 2021, um crescimento de 256% em relação a 2020. Os modelos mais vendidos foram o Volkswagen ID.4, o Volvo XC40 Recharge e o Nissan Leaf. Além disso, há outros modelos disponíveis no mercado, como o Audi e-tron, o BMW iX, o Chevrolet Bolt, o Fiat 500, o Hyundai Ioniq, o JAC iEV20 e o Renault Zoe.
No entanto, os veículos elétricos ainda enfrentam alguns desafios no Brasil, como o alto custo de aquisição, a baixa oferta de modelos e de infraestrutura de recarga, a falta de incentivos fiscais e a dependência de importação de componentes. Por outro lado, há também oportunidades para o desenvolvimento desse mercado, como a redução das emissões de gases de efeito estufa, a diversificação da matriz energética, a geração de empregos e a inovação tecnológica.
Quais são os benefícios ambientais dos veículos elétricos?
Os veículos elétricos têm vários benefícios ambientais em relação aos veículos movidos a combustíveis fósseis, como a gasolina e o diesel. Alguns desses benefícios são: Não emitem gases poluentes no escapamento, como o monóxido e o dióxido de carbono, o dióxido de enxofre e a fuligem, que contribuem para o aquecimento global, a chuva ácida e a poluição do ar. Exigem menos manutenção e troca de fluidos, como óleo lubrificante, filtro de ar e água do radiador, que podem contaminar o solo e a água se descartados incorretamente.
Possuem melhor aproveitamento energético, pois convertem cerca de 80% da energia elétrica em movimento, enquanto os veículos a combustão aproveitam apenas cerca de 20% da energia química do combustível. Não geram calor ou barulho excessivo, reduzindo o impacto térmico e sonoro no ambiente. Podem ser abastecidos com energia elétrica proveniente de fontes renováveis, como hidrelétricas, eólicas e solares, que têm menor emissão de carbono do que as termelétricas a carvão ou gás natural.
Em geral, os veículos elétricos são mais econômicos do que os veículos a combustão em termos de consumo de energia e manutenção, pois têm um melhor aproveitamento energético e exigem menos troca de fluidos e peças. Segundo o Inmetro, os veículos elétricos têm um consumo energético muito menor do que os veículos a gasolina ou etanol, medido em mega joules por quilômetro.
Incentivos fiscais para os veículos elétricos no Brasil
Os veículos elétricos no Brasil contam com alguns incentivos fiscais que visam estimular a sua produção, comercialização e uso. Alguns desses incentivos são: Isenção do Imposto de Importação para os veículos elétricos puros, que não pagam a alíquota de 35% sobre o valor do veículo. Redução do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI para os veículos elétricos e híbridos, que variam de 7% a 18%, dependendo da potência do motor e da autonomia da bateria, enquanto os veículos a combustão pagam de 25% a 55%.
Já a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS para os veículos elétricos e híbridos em alguns estados, como São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul, que concedem descontos de até 50% na alíquota do imposto estadual. Além da isenção ou redução do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA para os veículos elétricos e híbridos em alguns estados e municípios, como São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Brasília, que isentam ou diminuem o valor do imposto anual.
Obrigatoriedade de aplicação de 1,5% dos benefícios tributários concedidos pelo programa Rota 2030 – Mobilidade e Logística em pesquisas sobre o desenvolvimento da tecnologia para veículos elétricos, segundo o Projeto de Lei 6.020/2019, aprovado pela Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado.
Vantagens e desvantagens dos veículos elétricos
Os veículos elétricos têm vantagens e desvantagens em relação aos veículos a combustão. Algumas dessas vantagens são: os cuidados com a emissão de gases poluentes no escapamento, contribuindo para a redução do aquecimento global e da poluição do ar. Exigem menos manutenção e troca de fluidos, reduzindo desse modo, o custo de propriedade e o impacto ambiental.
Possuem melhor aproveitamento energético, consumindo menos energia para se deslocar e gerando menos calor e ruído. Podem ser abastecidos com energia elétrica proveniente de fontes renováveis, diversificando a matriz energética e aumentando a segurança energética. Oferecem um desempenho superior, com maior torque, aceleração e estabilidade.
Possuindo um valor de compra mais alto do que os veículos a combustão, dificultando a sua acessibilidade e popularização. Têm uma autonomia limitada pela capacidade da bateria, que pode variar de acordo com as condições de uso e de clima. Dependem de uma infraestrutura de recarga adequada, que ainda é escassa e heterogênea no Brasil e no mundo. Por isso, a implementação desses veículos no país segue lenta.
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