O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, operou em queda nesta última terça-feira, refletindo o corte de juros pouco agressivo da China e a expectativa para a decisão de política monetária do Brasil. O dólar, por sua vez, subiu frente ao real, acompanhando o movimento global da moeda norte-americana e sua instabilidade atual.
Os investidores também ficaram atentos à tramitação do arcabouço fiscal no Senado e aos dados econômicos nos Estados Unidos. O Copom se reúne a cada 45 dias para avaliar o cenário macroeconômico e os riscos para a inflação, e decide se mantém, aumenta ou reduz a Selic. A taxa de juros afeta o crédito, o consumo, o investimento e o câmbio, e é um dos principais instrumentos para o controle da inflação.
Mercado nacional
O mercado nacional tem reagido de forma negativa à abertura do Ibovespa em queda nas últimas semanas, refletindo as incertezas sobre o cenário político e econômico do país e do exterior. O principal fator que têm pesado sobre o índice é a inflação brasileira, que acelerou para 1,25% em outubro.
Vale ressaltar que, este é o maior resultado para o mês desde 2002, e acumula alta de 10,67% em 12 meses, superando o teto da meta do governo. Diante desses desafios, o Ibovespa acumulou queda de 2,91% em março, confirmando o segundo mês seguido de baixa. Neste ano, o índice perde 7,16%, enquanto o dólar sobe 4,17% frente ao real.
Os analistas esperam que o Ibovespa recupere parte das perdas nos próximos meses, mas alertam para os riscos de volatilidade e instabilidade no mercado. Neste sentido, A definição da equipe econômica do governo Lula, que ainda não anunciou o nome do ministro da Fazenda e tem gerado especulações sobre a continuidade das reformas estruturais e a política monetária.
Impacto do dólar nas exportações brasileiras
O impacto do dólar nas exportações brasileiras depende de vários fatores, como o tipo de produto, o mercado de destino, a elasticidade da demanda e a competitividade dos produtores. De forma geral, o dólar mais alto tende a favorecer as exportações, pois aumenta a receita em reais dos exportadores e torna os produtos brasileiros mais baratos no exterior.
A variação do dólar também tem impacto na inflação, no crescimento econômico e na confiança dos agentes. Com o dólar mais alto pode pressionar os preços dos produtos importados ou que usam insumos estrangeiros, como combustíveis, alimentos e eletrodomésticos. Ou seja, com a moeda americana mais baixo pode aliviar essa pressão, mas também pode reduzir a competitividade dos produtos nacionais.
Portanto, o impacto do dólar nas exportações brasileiras é complexo e depende de uma análise cuidadosa das condições de mercado, da estrutura produtiva e das políticas públicas. O ideal é que o câmbio seja estável e reflita os fundamentos econômicos do país, sem distorções ou intervenções excessivas.
Qual é o papel do Banco Central na política cambial?
O papel do Banco Central na política cambial é definir o regime de taxas de câmbio e regulamentar as operações de câmbio, segundo o Comitê Monetário Nacional – CMN. O Brasil adota o regime de câmbio flutuante, o que significa que o Banco Central não interfere no mercado para determinar a taxa de câmbio, mas para manter a funcionalidade do mercado e o cumprimento da regulamentação.
O Banco Central também pode atuar no mercado de câmbio por meio de intervenções, como leilões de swap cambial, contratos de venda ou compra de dólares com compromisso de recompra ou revenda, e operações compromissadas com títulos públicos denominados em dólares. O objetivo dessas intervenções é prover liquidez, reduzir a volatilidade e evitar desequilíbrios excessivos no mercado de câmbio.
Previsões da Selic
As previsões da Selic até o final de 2023 variam de acordo com as fontes consultadas, mas a maioria indica que a taxa básica de juros deve permanecer em um patamar elevado, acima de 10% ao ano. Segundo O Banco Central, a mediana das projeções para a Selic no fim de 2023 é de 12,50% ao ano. Para 2024, a estimativa subiu de 9,50% para 9,75%, e para 2025, de 8,50% para 9,00%, aproximadamente.
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação, que tem superado o teto da meta do governo. Em outubro, o IPCA acelerou para 1,25%, o maior resultado para o mês desde 2002, e acumula alta de 10,67% em 12 meses. A expectativa é que o Copom mantenha a Selic em 13,75% na próxima reunião, em dezembro, mas que inicie um ciclo de redução dos juros no segundo semestre de 2023.
Portanto, as previsões da Selic até o final de 2023 são baseadas em diversos fatores e podem mudar conforme novas informações e eventos divulgados. O importante é acompanhar as fontes confiáveis e atualizadas sobre o assunto, como o Boletim Focus, o site do Banco Central e outras publicações especializadas.
Investimentos no mercado
Como você pode perceber, alguns investidores ainda estão testando o novo governo para saber se investir por aqui, de fato não será um mal investimento. No entanto, vários economistas seguem otimistas com relação ao segundo semestre deste ano. Entretanto, antes de investir busque informações sobre os papéis para não perder dinheiro.
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