A geração Z, formada por pessoas nascidas a partir de 1995 até aproximadamente 2010, é caracterizada pelo domínio das novas tecnologias e pela urgência e multiplicidade de interações realizadas num universo particular, individual e, por vezes, alheio ao ambiente e às relações interpessoais de primeira hora.
No entanto, uma pesquisa recente constatou que 30% dos jovens de 18 a 26 anos se planejam para investir na casa própria. Segundo alguns especialistas, boa parte dessa geração é de investidores de renda média e alta, já adquiriram sua casa própria. A pesquisa abrange 4.805 unidades vendidas ao longo do ano de 2022. Isso contraria a percepção que há sobre essa geração, que tende a gastar a maior parte de seu dinheiro com serviços.
Vantagens de comprar a casa própria
A questão que se coloca é: a geração Z deve comprar a casa própria agora? Essa é uma decisão que envolve diversos fatores, como renda, estilo de vida, objetivos pessoais e profissionais, disponibilidade de crédito, cenário econômico e oferta de imóveis. Não há uma resposta única e definitiva para essa pergunta, mas é possível analisar alguns prós e contras dessa escolha.
Entre as vantagens de comprar a casa própria, está a segurança de ter um imóvel próprio significa ter um patrimônio que pode ser usado como garantia em caso de necessidade, como empréstimos ou financiamentos. Além disso, elimina-se o risco de despejo ou aumento abusivo do aluguel, uma situação que pode ocorrer, caso o contrato não seja reconhecido em cartório.
Autonomia: quem compra a casa própria pode personalizá-la de acordo com seu gosto e necessidade, sem depender da aprovação do proprietário. Também pode sublocar ou vender o imóvel quando quiser, sem multas ou burocracias. Valorização: dependendo da localização, da qualidade e da demanda do imóvel, ele pode se valorizar ao longo do tempo, gerando um retorno financeiro para o proprietário.
Desvantagens de comprar a casa própria
Comprometimento: comprar um imóvel próprio exige um compromisso de longo prazo, que pode durar décadas se for financiado. Isso significa destinar uma grande parte da renda para pagar as parcelas do financiamento, os juros, os impostos e as taxas do imóvel. Além disso, reduz-se a capacidade de poupança e investimento do comprador.
Imobilização: quem compra a casa própria fica preso a um lugar e perde a flexibilidade de se mudar caso surja uma oportunidade profissional ou pessoal em outra cidade ou país. Também fica sujeito às oscilações do mercado imobiliário, que podem dificultar a venda ou a locação do imóvel em caso de necessidade.
Alternativas: quem compra a casa própria abre mão de outras possibilidades de moradia mais flexíveis e acessíveis, como o aluguel convencional ou as novas modalidades de moradia compartilhada ou temporária. Essas opções podem oferecer mais liberdade, praticidade e economia para os jovens que buscam experiências diversas e qualidade de vida.
Opinião dos especialistas
Diante do cenário atual do país, pode-se concluir que comprar a casa própria agora não é uma decisão simples e que depende de uma análise cuidadosa das vantagens e desvantagens envolvidas. Cada jovem da geração Z deve avaliar sua situação financeira, seus objetivos de vida, suas preferências pessoais e as oportunidades do mercado antes de tomar essa escolha.
Uma recomendação geral é que os jovens não se precipitem e não se endividem para comprar um imóvel sem ter certeza de que isso é o melhor para eles. É importante pesquisar, comparar, simular e negociar as melhores condições de compra, além de considerar outras alternativas de moradia que podem ser mais adequadas ao seu perfil e momento de vida.
Preço médio de imóveis no Brasil
O preço médio dos imóveis residenciais no Brasil varia de acordo com a localização, o tipo, o tamanho e a qualidade do imóvel. Segundo o Índice FipeZap, que acompanha os preços de imóveis residenciais e comerciais anunciados nos portais ZAP+, por exemplo, indica que o preço médio do metro quadrado de imóveis residenciais no Brasil em setembro de 2023 foi de R$ 8.474.
Esse valor representa um crescimento nominal de 0,43% em relação ao mês anterior e de 5,17% nos últimos 12 meses. No entanto, esse valor é uma média nacional que não reflete as diferenças regionais e locais do mercado imobiliário. De acordo com o mesmo índice, as cidades com o metro quadrado mais caro do Brasil até setembro de 2023 foram: Rio de Janeiro – RJ: R$ 13.066.
Além de São Paulo: R$ 11.131, Brasília – DF: R$ 9.181, Florianópolis – SC: R$ 8.994 e Recife – PE: R$ 7.865. Vale ressaltar que estes valores estão de acordo com o cálculo de especialistas nos últimos 12 meses. Esses valores podem variar ainda mais dentro das próprias cidades, dependendo do bairro, da infraestrutura, da oferta e da demanda de imóveis.
Geração Z e a casa própria
Portanto, o preço médio dos imóveis no Brasil depende de vários fatores e pode variar bastante entre as diferentes cidades e regiões, como você deve ter percebido. Para saber o valor exato de um imóvel específico, é preciso consultar os anúncios nos portais especializados ou contratar uma avaliação profissional. Você deve se planejar para não contrair uma dívida maior do que o seu orçamento.
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