O dia na Terra nem sempre teve 24 horas de duração. Há cerca de dois bilhões de anos, um dia durava apenas 19 horas, e assim permaneceu por cerca de um bilhão de anos. Esse período é chamado de “bilhão chato” pelos cientistas, pois foi marcado por uma estagnação na evolução da vida e do clima.
A razão para os dias mais curtos era a influência da Lua, que estava mais próxima da Terra e roubava parte da sua energia rotacional. A Lua se afasta gradualmente da Terra a uma taxa de cerca de 3,8 centímetros por ano, e isso faz com que os dias se alonguem ao longo do tempo. Os cientistas descobriram essa informação por meio de um método geológico chamado cicloestratigrafia.
Ciclos de Milankovitch
As camadas sedimentares da Terra para entender como os ciclos astronômicos afetaram as mudanças na órbita e rotação do nosso planeta. Esses ciclos são chamados de ciclos de Milankovitch, e envolvem variações na excentricidade, obliquidade e precessão da Terra. Os pesquisadores analisaram rochas sedimentares de 600 milhões de anos que preservaram os ciclos de Milankovitch, e compararam com modelos matemáticos da dinâmica da Terra-Lua.
Eles concluíram que há dois bilhões de anos, a Lua estava a cerca de 224 mil quilômetros da Terra, e hoje está a cerca de 384 mil quilômetros. Além disso, eles sugeriram que o aumento nos níveis de oxigênio e a formação da camada de ozônio na atmosfera da Terra podem ter contribuído para estabilizar o período de 19 horas por dia.
O ozônio pode ter absorvido mais luz solar do que o vapor de água, estimulando as marés atmosféricas, que são oscilações periódicas na pressão e temperatura do ar. Outros estudos indicam que o “bilhão chato” pode ter sido mais interessante do que se pensa, e que pode ter sido um período favorável para o surgimento da vida complexa.
Distância atual da Lua para a Terra
A distância atual da Lua para a Terra depende do momento em que se mede, pois, a Lua tem uma órbita elíptica e não circular. A distância média entre o centro da Terra e o centro da Lua é de 384.403 km, mas a distância mínima no perigeu é de 363.300 km e a distância máxima no apogeu é de 405.500 km. A distância entre a Terra e a Lua pode ser medida com alta precisão usando retrorrefletores colocados na superfície lunar por missões espaciais, e medindo o tempo que a luz leva para ir e voltar.
Essa distância está aumentando ao longo do tempo, pois a Lua rouba parte da energia rotacional da Terra devido às forças de maré. A taxa de afastamento é de cerca de 4 cm por ano. Há bilhões de anos, a Lua estava muito mais próxima da Terra, e isso afetava o clima, as marés e a duração do dia. Um estudo recente indica que, cerca de 3,2 bilhões de anos atrás, a Lua ficava a apenas 270.000 km da Terra, ou cerca de 70% da sua distância atual. Nessa época, um dia na Terra durava apenas 19 horas.
Retrorrefletores
Retrorrefletores são dispositivos ou superfícies que refletem a luz de volta à sua origem com um mínimo de espalhamento, mesmo que os raios de luz não estejam perpendiculares à superfície do retrorrefletor. Eles são usados em diversas aplicações, como sinalização, segurança, medição e astronomia.
Um exemplo de uso de retrorrefletores na astronomia é a medição da distância entre a Terra e a Lua. Os astronautas das missões Apollo deixaram vários retrorrefletores na superfície lunar, que podem ser usados para refletir pulsos de laser enviados da Terra. Medindo o tempo que o laser leva para ir e voltar, é possível calcular a distância com alta precisão.
Asteroides que já passaram próximos à Terra
Asteroides que já passaram próximos à Terra são objetos celestes que têm órbitas que os trazem para perto da órbita terrestre, podendo representar um risco de colisão. Esses objetos são chamados de NEOs (Near-Earth Objects) e podem ser asteroides ou cometas. Os asteroides potencialmente perigosos são aqueles que têm mais de 140 m de diâmetro e que passam a menos de 7,5 milhões de km da Terra.
A NASA e outras agências espaciais monitoram constantemente os NEOs e estimam suas órbitas, tamanhos e probabilidades de impacto. O maior asteroide já registrado é o Ceres, com 950 km de diâmetro, pouco mais que a distância entre São Paulo e Goiânia. Ceres também é considerado um planeta anão, pois tem forma esférica e orbita o Sol, mas não é o único objeto na sua região.
Ceres é o maior objeto no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, onde há milhares de outros asteroides menores. Esse asteroide foi descoberto em 1801 pelo astrônomo italiano Giuseppe Piazzi, que inicialmente pensou se tratar de um cometa ou um planeta. Depois, ele foi classificado como um asteroide, até que em 2006 a União Astronômica Internacional criou a categoria de planetas anões, na qual Ceres se encaixa.
O dia poderá voltar a ter 19 horas?
O dia poderá voltar a ter 19 horas se a velocidade de rotação da Terra aumentar significativamente, o que é improvável que aconteça em um futuro próximo. A duração do dia depende do tempo que a Terra leva para completar uma volta em torno do seu próprio eixo, e esse tempo pode variar por diversos fatores, como a influência gravitacional da Lua, os terremotos e as mudanças climáticas.
Gostou dessa leitura? Você pode conferir outros artigos interessantes relacionados aos negócios e às finanças, aqui no nosso blog. Então, aproveite nossas dicas financeiras e compartilhe este e os demais conteúdos com seus amigos e parentes através de suas redes sociais. Afinal, a divulgação é importante para continuarmos mantendo você sempre atualizado.