Nesta última semana, o presidente do Banco Central Roberto Campos Neto reconheceu o aumento na inflação e juros. Diante desse reconhecimento, ele ainda revelou que o trabalho do BCB será difícil em 2022. Ainda segundo o presidente, é muito importante não ter expectativas e entender que, à medida que a inflação sobe o trabalho do Banco Central se torna mais complicado!
Choque no valor das contas de energia e no preço dos combustíveis que em 2021 chegou a ter o valor mais alto dentro de 20 anos. O choque na crise dos alimentos de 2020 deixou esse cenário ainda mais difícil. Campos Neto ainda destacou a alta dos commodities que foi ampliado pela desvalorização do real, de fato um desenvolvimento que não costuma acontecer.
Visto que, a moeda brasileira geralmente reage positivamente em algumas situações apesar da crise no avanço dos valores das commodities na bolsa.
Com o aumento da inflação e juros, boa parte das bolsas mundiais em termos de troca não expõe a dinâmica das suas moedas. Ou seja, este não é apenas um problema do Brasil. Em tese, a taxa cambial dependerá do nível da dívida compensada na exportação de commodities.
Nesse contexto, o mercado passou por períodos de grande oscilação e calmaria ao longo desse ano. E o aumento da inflação e juros, principalmente no país desacelerou alguns setores como o setor de varejo, por exemplo. O segmento de commodities ainda é um pouco novo para os investidores brasileiros.
No entanto, após essa crise esse é o segmento que possui as maiores chances de trazer rentabilidade para o país!
Problemas semelhantes
Segundo Campos Neto essa é a primeira vez que nosso país passa por uma crise igual a essa. Do mesmo modo, existem outros países passando pelas mesmas situações a pandemia trouxe uma crise financeira global. Assim, muitos países seguem passando por crises com os seus índices inflacionários. Assim como, sofrem com a inflação de outros países, ou seja, com a inflação externa.
Pela primeira vez, boa parte dos países passam por problemas semelhantes relacionados a inflação das suas moedas. Pois, atualmente o Brasil sofre com a inflação interna e ao mesmo tempo, vem sofrendo com as importações. Assim, para o ano que vem deveremos enfrentar desafios nunca antes vistos na economia do país.
Segundo alguns analistas, a economia do país deverá perder um relevante motor que auxilia no seu crescimento. Pois, para poder conter a inflação o Banco Central deverá elevar os seus juros ao nível mais alto, ou seja, o maior nível que a instituição já teve em aproximadamente quatro anos.
Portanto, boa parte dos analistas do mercado projetam que a taxa básica de juros deverá encerrar 2021 em 7,5%. Um pouco acima da taxa atual que é de 6,25%.
Final do juro neutro
A política monetária deverá deixar de contribuir com a atividade econômica, no momento em que o país alcança o juro neutro. Trata-se de um juro que não serve de estimulo ou contrai a economia do país. Esse número pode variar entre os cálculos dos economistas, porém, existem um consenso de que essa taxa pode chegar a 6,5%.
Nesse sentido, na última reunião do Copom a taxa Selic acabou subindo de 5,25% para 6,25%. Logo, o presidente do Banco Central informou que esse ciclo poderá ser bem maior. A preocupação de boa parte dos analistas do setor é que as expectativas para o ano que vem em determinados setores desatraquem e o mercado acabe entrando em um novo colapso.
Portanto, para que isso não acabe acontecendo o setor financeiro deverá elevar a estimativa da inflação que é medida pelo IPCA.
O centro da meta para esse ano era de 3,75%, porém, as projeções de alguns analistas do mercado já estão acima da meta central da inflação que está em 7,5% até o final desse ano. Desse modo, para o ano que vem, a meta central da inflação deverá ser de 3,50%, caso não haja uma nova mudança!
Aumento na inflação e juros cria um cenário diferente
Ainda segundo o presidente do Banco Central, no período pós-pandemia o cenário da economia no mundo é totalmente diferente do que imaginávamos. Pois, com a mudança volátil e rápida do cenário relacionadas ao crescimento da inflação. A Tese primordial do presidente do BCB é deslocar boa parte da demanda para bens.
Campos Neto ainda afirmou que, a produção de bens segue com uma demanda maior de energia do que a demanda de serviços.
Ou seja, a oferta não está respondendo como o esperando, com a mesma relevância dada à agenda sustentável. Por isso, com o aumento na inflação e juros tanto o cenário do país como dos demais países se tornará diferente.
À medida que, a inflação sobre o preço da energia, dos metais e da logística sobem consideravelmente. Porém, o investimento dos acionistas nesses produtos essenciais para alguns setores não sobe. O mercado da logística levará um tempo para se normalizar, pois os investimentos continuam baixos.
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