Consumismo infantil: um problema de todos

O consumismo é um hábito de todos, inclusive de crianças! Continue aqui e saiba mais.

Não se nasce consumista, o consumismo infantil é um hábito mental, um conceito incerto que se tornou uma característica cultural muito relevante na sociedade atualmente. O gênero não importa, a nacionalidade, a crença, a idade ou o poder aquisitivo, não se faz relevante. Pois, atualmente todos são afetados pelas mídias e massa estimuladas a consumir de maneira inconsequente.

Vivemos em um tempo em que a tecnologia cada dia avança mais rápido, seja por meio da internet, do rádio, da televisão, entre outros. E com as crianças o contato com esse mundo de comunicação criado para esse cenário. Pensando nisso, e por ter as crianças como um público de fácil persuasão, frequentemente são foco de publicidades. Basta ligarmos a TV ou acessamos a internet, para nos certificar que nossas crianças são bombardeadas, por muitas informações que as atraem a querer consumir.

As propagandas de brinquedos, alimentos, roupas, produtos feitos de maneira e com sentidos lúdicos, com elementos do mundo infantil e palavras de indução como use, tenha, compre, entre outras para atrair nossas crianças. Essas propagandas têm como intuito entrar na imaginação infantil e criar a necessidade de consumo que, muitas das vezes, não inexistem.

Não é difícil notar que as crianças se sentem mais encantadas por vídeos na Internet e na tv, além de passarem horas assistindo, é nesse momento que as marcas ao notar essa audiência e visualização, começaram a investir em marketing e mais publicidade, logo os patrocínios de produtores e conteúdos tem a cada dia conquistado um público relevante da economia. É nessa hora que temos que saber de quem é responsabilidade e de termos atenção para poder intervir.

De quem é a responsabilidade do consumismo infantil?

De acordo com dados, o Brasil não tem uma legislação específica, porém, desde 2006 são proibidas propagandas, e qualquer tipo de meios de comunicação, que use de apelos como, peça para seu papai e sua mamãe para comprar ou que façam qualquer referência, mesmo que indiretamente a superioridade ou desvantagem que o produto venha a oferecer.

Segundo pesquisas, foi possível constatar que existem várias discussões sobre o tema, porém, ainda não tem nada de concreto que proíba as propagandas que inibam as crianças de até 12 anos de idade a ter acesso. Isso faz com que alguns psicólogos acreditem que para não tenhamos uma geração de crianças consumistas é necessário elaborar meios para proteger nossos filhos.

Logo, recomenda-se que enquanto não existe uma lei para inibir e proteger as crianças desses incentivos, a família assim como é a base da educação também é responsável pela educação financeira dos filhos para, assim, ensinar que o consumo deve ser feito de forma responsável. A conscientização do consumismo infantil não é fácil, requer disciplina e muita força de vontade, no entanto, é essencial para o desenvolvimento do planeta. No caso, os pais devem estar mais atentos ao que as crianças jogam, assistem ou brincam.

Um Fator de atenção é venda casada

O consumismo infantil, é levado por coisas lúdicas, ilusórias e é atraído pela quantidade e a venda casada chama a atenção, como comprar uma boneca e acompanhar as roupas e a mamadeira dentre outras. Atualmente, não é incomum a venda de produtos, com um ou dois a mais que geralmente chama o interesse maior, e que não podem ser vendidos separados. Impondo o consumidor a só levar um produto, se adquirir outro produto ou um menor preço se levar dois, ou mais. Isso é evidenciado como a chamada venda casada.

Isso é facilmente identificado na Páscoa, nos ovos de chocolate, principalmente os lúdicos, voltados para as crianças, quando vem com objetos como bonecos de super-heróis, bichos de pelúcia, bonecas, carrinho, entre outros como jogos, o que faz com que os seus preços, geralmente, mais caros que os demais, mesmo que sejam do mesmo tamanho, qualidade e marca.

Segundo Núcleo e Defesa do Consumidor, a venda casada é classificada como abusiva pelo Código de Defesa do Consumidor. Mas ainda assim, é uma prática muito vista, e chama a atenção das crianças, que se não tiverem idade para entender ou até mesmo a educação financeira e de consumo ainda induz as crianças e dependendo dos pais faz com que acabem acatando a vontade dos filhos.

Conclusão

A cada dia que passa nada muda, a TV evoluiu, a Internet e meios de comunicação se faz ainda mais presente na vida das nossas crianças, os fabricantes e lojistas usam do marketing e da propaganda, atraindo nossos filhos ao consumismo infantil, e o mais importante é a presença dos pais na educação financeira e disciplina das crianças, que se tornaram adultos responsáveis.