Um velho conhecido da população brasileira, mas que atormentou uma parcela dela por muitos anos, o horário de verão traz à tona o seu ressurgimento. Após a sua extinção há cerca de dois anos atrás, o Governo brasileira anunciou que pretende ressuscitar a modalidade em 2021. Assim, após o seu pronunciamento, a disputa pelo horário de verão causou um verdadeiro dilema entre sociedade em geral, o Governo Federal e a ONS – Operadora Nacional do Sistema Elétrico.
Dessa forma, a declaração do presidente trouxe as mais diversas opiniões de vários setores; ora contra e favorável ao retorno da modalidade no país. Por isso, os setores da economia privada, por exemplo, turismo, comércio e serviços, que apontam e apoiam o retorno do adiantamento dos relógios em até uma hora. Entretanto, existem setores que não endossam o pedido e se negam ao retorno da mudança, assim como a Operadora Nacional do Sistema Elétrico.
Desse modo, em recente relatório, entregue pela ONS, a entidade apontou qualquer indicação de favorecimento ou contra o retorno do horário de verão. Nesse sentido, apenas apontou que os resultados benéficos na adoção do modelo são NEUTROS, sem grande economia durante o seu período para o setor elétrico.
Portanto, os dados trazem as mesmas indicações dadas pelo Governo no ano de 2019. Contudo, a pressão dos setores tem deixado o atual Governo inquieto e determinado a atender a maioria dos brasileiros. Nesse rumo, outra pesquisa foi solicitada para tentar atender as entidades e saber a opinião dos brasileiros.
Assim, convocada pelo instituto Datafolha, a pesquisa apontou que 55% da população brasileira é favorável ao retorno do horário de verão. Com isso, as entidades favoráveis esperam que o Governo considere a maioria da população, já que o presidente tinha declarado atender a maioria da população.
A disputa pelo horário de verão no Brasil
Como dito anteriormente; o extinto horário de verão, foi uma das primeiras medidas adotadas pelo atual Governo Federal – presidente Jair Bolsonaro, sob o argumento de que não trazia qualquer comprovação de economia.
Dessa forma, amparado pelo estudo da ONS, há época, o presidente decretou o encerramento da modalidade, já o relatório apontava um aumento de consumo de até 0,7% durante o início e fim da modalidade.
Mas parece que a entidade pretende voltar atrás na entrega de resultados. Além disso, deve apresentar um relatório que indique um melhor direcionamento do usa da energia e tentar aproveitar a modalidade.
Entretanto, as outras entidades favoráveis ao retorno da modalidade não querem esperar por um novo relatório. Por isso, esperam que o presidenciável anuncie ainda esta semana a data para o início do horário de verão, que deverá ser iniciado em 15 ou 20 de outubro/21 até março/22. Contudo, esse acalorado debate abre uma disputa pelo horário de verão acirrada.
Quais as projeções para a volta do horário de verão?
Segunda as entidades favoráveis ao retorno do horário de verão, existem representantes articulando próximas ao Governo e aos parlamentares para a resposta positiva.
Ainda, os empresários demonstram números favoráveis a economia interna durante o horário de verão. Sendo assim, projetam uma estimativa de movimentação com a seguinte escala:
- Bares e restaurantes 10% de aumento no faturamento durante o horário 6h e 21h;
- Turismo e entretenimento pouco mais de 30% de aumento no setor.
Logo, a expectativa é superar os prejuízos trazidos pela pandemia, que segunda a Abrasel, os estabelecimentos atingem a porcentagem de 37 em prejuízos. Além disso, pode criar milhares de novos postos de empregos e contribuir para a alta na economia. Já que existem empresas que deixam de contratar para pagar a conta de luz. (Fábio Aguayo – Presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas)
Concluindo
Porém, a disputa pelo horário de verão pode se tornar ainda mais acalorada, impulsionada pela crise hídrica que assola o país. Logo, com os recentes índices de chuvas baixos e a previsão de um inverno sem chuvas. Somada à queda nos níveis dos reservatórios hidrelétricos e com o uso acelerado das usinas térmica o que encarece a conta de luz.
Por fim, o Governo pode enfrentar um problema maior do que apenas a insatisfação da população no retorno do horário de verão. Assim, os setores da economia privada e a população em geral aguardam ansiosos pela definição da adoção ou não do novo horário de verão para o final do mês de setembro/2021.
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