Na última semana de novembro ocorreu a 7ª Semana Nacional de Educação Financeira, conhecida também como Semana ENEF, e bancos realizaram ações educacionais gratuitas pela internet.
Eventos como esse visam dar destaque a importância de uma boa educação financeira na vida das pessoas, de uma forma sustentável e segura.
A importância da Educação Financeira para o Brasil.
Uma das maiores dificuldades das pessoas e que muitas vezes as leva realizar compras por impulso. Isso pode ter ligação com a “tradição” de crédito do povo brasileiro. Diferente de outros países onde as compras são realizadas praticamente todas à vista.
Outro problema do brasileiro é gastar com coisas que não são necessárias, acabam se endividando por não saber gastar de acordo com que ganha. Além disso, a maior parte da população não tem o hábito de poupar, estudos mostram que mais de 80% dos brasileiros não conseguem guardar dinheiro.
Um dos fatores principais numa boa educação financeira é ter reservas de emergência, isto é, reservar pelo menos 6 meses da renda e destinar para o uso em algum momento de dificuldade. Para fazer reserva de emergência, dependendo do valor do salário de um trabalhador pode levar anos poupando. Mas o que as pessoas esquecem é que um pouco guardado é melhor do que nada.
Definição de Educação Financeira:
Falar em educação financeira não resume em economizar dinheiro. É a orientação que um consumidor deve ter em como administrar a renda, e tomar decisões importantes como poupança e investimentos. Além disso, as pessoas precisam aprender como se tornar consumidores conscientes, aproveitar oportunidades, mas nunca esquecendo do que está ao seu alcance.
Educação financeira não está relacionado a classe social, não é “coisa de gente rica” que faz investimentos, como algumas pessoas imaginam, todos precisam entender de finanças para aproveitar as oportunidades de uma vida melhor.
Os reflexos negativos
No mês de outubro a confederação Nacional do Comércio apresentou uma pesquisa e mostrou que cerca de 61,8% dos brasileiros estão endividados. Este número é superior ao mês de setembro que foi de 61,7%. E ainda maior ainda do que ano passado que era de 59,8%.
O perfil das pessoas com débitos, são famílias que recebem um salário menor que 10 salários mínimos, as dívidas são geralmente de curto prazo e não possuem a tão falada reserva de emergência. Do começo do ano até junho, o número de inadimplentes aumentou de 24,1% para 25,4%, desde então tem subido, setembro foi registrado taxa de 26,5%, no mês seguinte esses números caíram um pouco, ficou em 26%, mas ainda assim é considerado alto, pois em outubro de 2019 a taxa era de 24,7%.
A importância de estudar finanças
Os dados não mentem, o brasileiro vive endividado, e a falta de conhecimento de finanças é uma grande falha de todos nós. E caso o Brasil não tivesse tantos problemas estruturais, seria um dos melhores lugares para se viver no mundo, o maior dilema é que o brasileiro gasta o que tem, o que não tem e o que ainda vai receber, como por exemplo a parcela do 13º salário.
Preocupe-se com aposentadoria
A princípio, é necessário se organizar financeiramente, ter noção dos gastos, seguir um modelo de orçamento pessoal, é preciso ter uma estabilidade e se ver livre de dividas. Com clareza sobre as fontes de renda, das despesas realmente necessárias, agora é possível otimizar em relação aos gastos.
Estabeleça metas e rotinas para controlar as finanças, mude certos hábitos que atrapalham poupar dinheiro. O povo brasileiro não se preocupa com aposentadoria. principalmente os jovens, boa parte não contribuem com a previdência social, e muito menos tem um planejamento a longo prazo, como por exemplo investimentos.
Conclusão
Mas educação financeira ainda não é ensinada nas escolas no Brasil, embora seja tão importante, para os governantes isso não é prioridade. Estudar finanças não precisa de um professor, pode começar de pequeno, dentro de casa, como por exemplo comprando um “cofrinho” e mostrar para os filhos a importância de poupar desde cedo.
Os pais precisam entender que cuidar de um filho não é comprar tudo que ele pede, pelo contrário, é interessante ensinar o valor das coisas; cuidar do filho é poupar pensando nos estudos, isso sim irá garantir um futuro melhor. Se preparar financeiramente é não passar sufoco com os imprevistos da vida, seja qual for, e saber que está abrindo mão de algo hoje para conseguir coisa melhor no futuro.
Por fim, economizar dinheiro é realizar sonhos.
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