
Os investimentos no exterior deixaram de ser uma tendência entre grandes fortunas e passaram a fazer parte da estratégia de proteção do investidor comum. Em um mundo mais volátil e com o Brasil enfrentando desafios fiscais e políticos recorrentes, ter parte do patrimônio em dólar se tornou uma forma de segurança, não de ostentação.
Em outubro de 2025, o dólar gira em torno de R$ 5,38, após um período de relativa estabilidade cambial. Esse patamar mostra que, mesmo sem crises externas de grande impacto, o real continua frágil frente à moeda americana. Por isso, a busca por alternativas de proteção internacional vem crescendo rapidamente.
A expectativa é que, em 2026, essa tendência se intensifique. Com o avanço das plataformas digitais e o barateamento das operações internacionais, investir fora do país está mais fácil do que nunca. Neste artigo, você vai entender por que dolarizar sua carteira é tão importante e, sobretudo, como fazer isso de forma prática e segura.
Por que o investidor brasileiro precisa pensar globalmente
Por muito tempo, investir fora do país era visto como algo complexo e inacessível. Hoje, o cenário é outro. Analistas apontam que 2026 será um ano de consolidação dessa virada: cada vez mais brasileiros estão percebendo que depender 100% da economia local é um risco que não faz mais sentido.
O motivo é simples: o chamado Risco-Brasil continua elevado. Questões políticas, fiscais e cambiais tornam o real vulnerável a crises externas. Quando o dólar sobe — como vimos em 2023, quando ultrapassou R$ 5,60 —, o poder de compra do brasileiro cai, e o patrimônio em reais perde valor. Dolarizar parte da carteira é, portanto, uma forma prática de proteção.
Para ilustrar, imagine um investidor com R$ 100 mil aplicados apenas em ativos brasileiros. Se o dólar subir de R$ 5,00 para R$ 6,00, um movimento de 20%, esse dinheiro perde poder de compra internacional. Mas se 30% da carteira estivesse em dólar, parte dessa perda seria compensada. É essa lógica de equilíbrio que sustenta a diversificação global.
Contas globais: a forma mais simples de começar com investimentos no exterior
Uma das formas mais práticas de iniciar os investimentos no exterior é abrir uma conta global em dólar. Plataformas como Nomad, Wise e Banco Inter Global já permitem ao investidor brasileiro enviar reais, converter para dólar e investir ou gastar no exterior de forma digital.
Essas contas funcionam como uma ponte internacional. Elas permitem manter saldo em moeda forte, fazer transferências rápidas e até aplicar em produtos financeiros estrangeiros, dependendo da instituição. A conversão de câmbio é simples e as taxas são cada vez mais competitivas — bem menores do que as cobradas por bancos tradicionais.
Para quem está começando, as contas globais são ideais. Elas oferecem autonomia, liquidez e uma introdução prática ao universo internacional. E o melhor: não exigem valores altos de entrada, tornando o processo acessível a qualquer investidor que queira começar com poucos dólares.
ETFs e BDRs: investir em dólar direto da B3
Sendo assim, outra maneira eficiente de acessar o mercado global é por meio de ETFs e BDRs listados na Bolsa brasileira. Contudo, essa modalidade é especialmente interessante para quem quer investir em dólar sem precisar abrir conta fora do país.
Os ETFs internacionais, como o IVVB11, são os mais populares. Ele replica o desempenho do S&P 500, índice que reúne as 500 maiores empresas dos Estados Unidos. Assim, o investidor acompanha o mercado americano e, de quebra, ainda se beneficia da variação cambial. Já o SPXI11 é outra alternativa que segue o mesmo índice, com foco em diversificação.
Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) são certificados que representam ações estrangeiras negociadas aqui. É possível comprar papéis de empresas como Apple (AAPL34), Microsoft (MSFT34) ou Tesla (TSLA34) diretamente na B3, em reais. Em 2026, com a maior maturidade do mercado, a expectativa é que esses instrumentos continuem crescendo em volume e acessibilidade.
Investir direto lá fora: mais controle, mas mais responsabilidade
Para quem quer dar um passo além, investir diretamente no exterior continua sendo uma excelente alternativa. Logo, corretoras internacionais como Interactive Brokers, Charles Schwab e TD Ameritrade já aceitam brasileiros e permitem acesso a bolsas dos EUA, Europa e Ásia.
Essa modalidade oferece total controle: o investidor escolhe exatamente onde aplicar — ações, ETFs, títulos ou fundos. A desvantagem é a necessidade de lidar com aspectos tributários, cambiais e regulatórios. Contudo, é preciso declarar os ativos corretamente à Receita Federal e acompanhar as regras do Imposto de Renda.
Mesmo assim, analistas acreditam que, até 2026, esse processo ficará cada vez mais simples, com novas corretoras oferecendo suporte em português e integração automática com o sistema brasileiro. O importante é se planejar, buscar conhecimento e começar aos poucos.
Quanto dolarizar e como fazer isso com segurança com investimentos no exterior

Uma das dúvidas mais comuns é: “Quanto da minha carteira devo dolarizar?” Não existe resposta única, mas especialistas sugerem uma alocação entre 20% e 40% do portfólio em ativos atrelados ao dólar. Esse percentual oferece proteção cambial sem comprometer o equilíbrio da carteira.
Para quem quer começar, a estratégia ideal é gradual. O investidor pode iniciar com contas globais para aprender a lidar com a moeda, depois avançar para ETFs como o IVVB11 ou o SPXI11, e, por fim, migrar parte do capital para investimentos diretos no exterior, se desejar mais autonomia.
O ponto principal é entender que a dolarização não é especulação — é gestão de risco. Ela protege o patrimônio contra incertezas locais e amplia o acesso a economias mais diversificadas e estáveis. Em um mundo cada vez mais interconectado, ignorar essa diversificação é o verdadeiro risco.
2026 deve consolidar a era da carteira global
Com o dólar estabilizado em torno de R$ 5,38 e o cenário global ainda incerto, as projeções para 2026 indicam que o movimento de investimentos no exterior deixará de ser tendência e se tornará prática comum entre brasileiros. Dolarizar a carteira será menos uma escolha e mais uma necessidade para quem deseja preservar valor e estabilidade financeira em meio às oscilações do real.
Com tecnologia, acessibilidade e informação, o investidor tem hoje todas as ferramentas para se proteger e crescer globalmente. O importante é começar — mesmo com pouco — e entender que, no longo prazo, pensar em dólar é pensar em segurança.
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