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Novo crédito imobiliário: como funciona, vantagens e cuidados

Com novas faixas de valor, mais recursos da poupança e retorno do limite de 80% da Caixa, o governo busca impulsionar o mercado e ampliar o acesso à moradia. Entenda o que muda!

Aluguel de fundos imobiliários
Fonte: Google

O crédito imobiliário é o principal instrumento usado pelos brasileiros para comprar ou reformar um imóvel. Nesta sexta-feira (10), o governo federal apresentou um novo modelo que moderniza o sistema, amplia o valor máximo do imóvel financiado e cria novas linhas de crédito voltadas para reformas residenciais.

Essas mudanças tornam o crédito mais acessível e estimulam o setor imobiliário. No entanto, também exigem atenção com taxas, prazos e condições de contratação. Ao longo deste artigo, você vai entender o que muda com o novo crédito imobiliário, quais são as oportunidades e quais cuidados tomar antes de assinar o contrato. Continue a leitura e descubra se essa é a hora certa para investir no seu imóvel.

O que muda no novo modelo de crédito imobiliário

O novo crédito imobiliário trouxe mudanças importantes na forma como os recursos da poupança são usados pelos bancos. Antes, as instituições precisavam aplicar, obrigatoriamente, 65% dos depósitos da poupança em crédito imobiliário. Agora, essa regra passa a ser flexível: quanto maior o volume de depósitos, maior será o valor disponível para financiamentos habitacionais.

Além disso, o governo aumentou o limite do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões. Na prática, imóveis de valor mais alto poderão ser financiados dentro das condições do SFH, que incluem juros limitados a 12% ao ano e regras mais vantajosas para os compradores.

O novo modelo começa a valer de forma gradual e estará totalmente em vigor a partir de janeiro de 2027. Nesse período, o percentual de depósitos compulsórios recolhidos pelo Banco Central cairá de 20% para 15%, o que liberará mais recursos para financiamentos. Com isso, o governo estima que cerca de R$ 20 bilhões sejam injetados no mercado imobiliário.

O papel da poupança e o impacto no mercado

A poupança continua sendo a principal fonte de recursos para o crédito imobiliário. Entretanto, o volume de saques nos últimos anos reduziu o montante disponível para financiamentos. O novo modelo busca reverter esse cenário, tornando a destinação de recursos mais dinâmica e ajustável conforme o nível de captação.

Durante o lançamento, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou que os poupadores estão sendo “sub-remunerados” em comparação com outros investimentos do mercado. Por isso, segundo ele, é natural que a atratividade da poupança tenha caído. A flexibilização, portanto, pretende reequilibrar esse cenário e permitir um crescimento sustentável do crédito imobiliário.

Com mais dinheiro circulando, o mercado tende a se fortalecer. O aumento da liquidez deve impulsionar a construção civil, gerar empregos e facilitar o acesso da classe média à compra do primeiro imóvel. Além disso, as novas regras incentivam os bancos a concorrerem entre si, oferecendo condições mais vantajosas ao consumidor.

Novidades da Caixa e programas complementares

Durante o evento em São Paulo, o presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, anunciou o retorno da cota máxima de 80% no financiamento de imóveis. Desde 2024, o banco limitava o financiamento a 70% do valor, o que dificultava a compra para muitas famílias. Agora, com a mudança, o cliente pode financiar até 80% do imóvel, com juros de até 12% ao ano.

Segundo o ministro das Cidades, Jader Filho, essa decisão permitirá que a Caixa libere 80 mil novos financiamentos em todo o país. Essa expansão ajuda principalmente quem não tem uma entrada elevada, ampliando o acesso à casa própria.

O governo também lançou o programa de reforma de casas, parte do Minha Casa Minha Vida (MCMV). Voltado a famílias com renda mensal de até R$ 9.600, o programa oferece crédito entre R$ 5 mil e R$ 30 mil, com juros reduzidos e prazos de 24 a 60 meses. Os recursos podem ser usados em materiais, mão de obra e acompanhamento técnico, estimulando melhorias habitacionais em todo o país.

Vantagens do novo crédito imobiliário

Consórcio Imobiliário
Fonte: Google

O novo modelo traz diversos benefícios para quem deseja financiar um imóvel. O primeiro é o aumento do valor máximo financiado pelo SFH, que amplia o acesso a imóveis de padrão médio. Além disso, a flexibilização das regras da poupança deve liberar mais recursos e facilitar o crédito para diferentes perfis de compradores.

Outro ponto positivo é a digitalização do processo de crédito. Hoje, o cliente pode simular, aprovar e assinar contratos de forma totalmente online, o que reduz a burocracia e acelera o processo. A possibilidade de portabilidade entre bancos também garante mais poder de escolha e incentiva taxas mais competitivas.

Por fim, o programa de reforma de moradias oferece uma alternativa para quem já possui um imóvel. Com juros mais baixos e prazos ajustáveis, ele permite melhorar a qualidade da habitação sem comprometer o orçamento familiar. Dessa forma, o novo modelo beneficia tanto quem quer comprar quanto quem deseja reformar.

Cuidados e planejamento antes de contratar

Apesar das melhorias, o crédito imobiliário continua sendo um compromisso de longo prazo. Antes de contratar, é essencial avaliar se o valor das parcelas cabe no seu orçamento — o ideal é que não ultrapassem 30% da renda familiar.

Também é importante comparar taxas e condições entre diferentes bancos. Pequenas variações podem representar economias significativas no custo total do financiamento. Utilize simuladores e leia atentamente o contrato, observando o tipo de amortização (SAC ou Price) e as regras de portabilidade.

Por fim, lembre-se de que juros variáveis podem oscilar conforme o mercado. Se você busca previsibilidade, priorize contratos com taxas fixas ou atreladas à TR. Já quem aceita maior risco pode se beneficiar de modelos indexados ao IPCA ou à poupança, especialmente em períodos de inflação controlada.

O novo crédito imobiliário é uma oportunidade para quem se planeja

O novo crédito imobiliário amplia o acesso ao financiamento e moderniza o sistema habitacional no Brasil. Com mais recursos da poupança, aumento do teto do SFH e retorno da cota de 80% da Caixa, o governo cria um ambiente mais favorável para quem sonha com a casa própria.

Por outro lado, o sucesso dessas medidas depende do planejamento individual. Antes de assumir um financiamento, é essencial avaliar sua capacidade de pagamento, estudar as opções e escolher a que traga equilíbrio entre custo e segurança. Se o conteúdo te ajudou, compartilhe este artigo e continue acompanhando nosso blog para entender as novidades do mercado financeiro e imobiliário.

Formado em Administração Especialista em finanças, economia e investimentos. O seu objetivo é transformar a vida das pessoas por meio do conhecimento e da informação com conteúdos claros, simples e sem "economês".