Tendo em vista os altos índices da inflação no mês de outubro desse ano, a Queda nas vendas do varejo já era esperada para alguns economistas. Principalmente, ao compararmos o índice no mesmo mês do ano passado. Geralmente, o índice que acompanha a receita do setor varejista é o Índice Cielo do Varejo Ampliado – ICVA que registrou um aumento de 11,8%.
Os efeitos do afrouxamento das medidas de isolamento contribuíram positivamente para esse resultado. Porém, a estratégia de acrescentar mais um domingo que é considerado o dia movimento brando no comércio. Assim como, uma quinta-feira a menos que é o dia de maior movimento para o mercado acabou prejudicando a base de comparação de 2021 diante de 2020.
Visto que, no ano passado foi marcado pelo isolamento social e muitas incertezas. Portanto, com a chegada de 2021 o calendário do setor foi ajustado.
A evolução nominal de 12,5%, deduzindo a inflação o faturamento do setor retrocedeu cerca de 0,2% no mês de outubro desse ano. E assim, houve queda nas vendas do varejo em relação ao mesmo mês do ano passado.
A queda nas vendas do varejo, interrompe cerca de seis meses consecutivos de evolução! Ainda que esse setor, como os outros de serviço de transporte, bares, turismo e restaurantes tenham voltado a crescer, as quedas continuam ocorrendo.
Outros setores que têm sofrido bastante com a inflação são os seguintes supermercados, materiais de construção e hipermercados.
Portanto, com o resultado desse mês reduzindo a inflação o patamar de receita do setor se afasta do verificado antes da pandemia do novo coronavírus.
Regiões
Segundo o ICVA deflacionado, devido ao ajuste no calendário cerca de três regiões tiveram crescimento nas suas vendas no mês de outubro em relação a outubro do ano passado. Todavia, duas regiões que apresentaram aumento a região Norte que teve aumento de 4,2% em seguida do Nordeste com 1,2% e a região Sul 0,5%.
Segundo o ICVA nominal – que não leva em consideração o desconto da inflação, porém considera o ajuste do calendário registrou um aumento de 14,7% na região Norte nas vendas do setor varejista. Seguido da região Sul com alta de 13,9%; Nordeste 13,4%; Sudeste 11,9% e Centro-Oeste com 11,9%.
O ICVA é responsável pelo acompanhamento mensal do mercado varejista brasileiro, após essa queda que ocasionou a quebra parcial do setor, com as vendas em cerca de 18 setores acompanhados pela Cielo.
Que vão desde pequenos lojistas a grandes empresas do setor, eles são responsáveis por 1,3 milhões de varejistas cadastrados à Cielo. O peso de cada segmento no resultado geral do indicador geralmente é definido pelo desempenho do mês.
Mercados
Sem contar com a inflação e também com o ajuste no calendário do ano passado, os menores segmentos que são os Bens Duráveis e Semiduráveis desaceleraram. Assim, como o setor de serviços ao longo dos meses em especial no mesmo mês que a setor varejista interrompeu os meses seguidos de evolução. No entanto, os chamados Bens Duráveis tiveram uma aceleração significativa no segundo semestre.
Nesse sentido, o setor de bens não duráveis apresentou aumento nos seus ganhos com ajuda das farmácias e drogarias. Sendo assim, no macrosetor de serviços a desaceleração veio por parte dos restaurantes e bares com após a aprovação do governo de liberar esses estabelecimentos para funcionar normalmente.
No entanto, o setor de bens duráveis e semiduráveis desaceleraram como, por exemplo o segmento de materiais de construção. Contudo, segundo alguns economistas esses setores poderão voltar a lucrar no ano que vem. Pois, a economia do país já demonstra alguns sinais de melhora, apesar da inflação!
Queda nas vendas do varejo
A queda nas vendas do varejo foi intensa desde o mês de agosto desse ano, portanto, revertendo o quadro do mês anterior. Com essa mudança, o patamar das vendas de algumas marcas do setor voltou a recuar. Retrocedendo, as vendas em relação ao mesmo mês do ano passado segundo um estudo feito pelo IBGE, essa atividade no setor chegou a ser de 0,8%. Para alguns analistas, esse resultado é pior do que o esperado.
Alguns elementos, como a inflação por exemplo influenciaram para que essa taxa negativa afetasse o setor. Vale ressaltar ainda que, o IBGE fez uma revisão no levantamento dos dados do primeiro semestre desse ano, chegando à conclusão que no primeiro semestre de 2021 o setor tinha avançado cerca de 1,2% o que deixou o setor otimista em relação ao final do ano.
Porém, nem tudo está perdido com o período da Black Friday o setor espera reverter esse quadro. E, desse modo, voltar a crescer como no início de 2021 quando o setor estava entre um dos setores mais aquecidos, apesar da crise financeira. Mesmo com essa queda nas vendas, o segmento acumulou ao longo desse ano um aumento de 5,1%.
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