A Volkswagen do Brasil, em parceria com a Volkswagen Financial Services, lançou na última terça-feira uma fintech com foco no seu ecossistema de concessionários e empresas parceiras. A plataforma se chama VOU e é a primeira do setor automotivo no Brasil.
A VOU oferece serviços bancários e antecipação de recebíveis a empresas para fomento de liquidez no ecossistema Volkswagen. Segundo a montadora, são R$ 33 bilhões transacionados por ano e mais de 2.700 empresas conectadas diretamente em seu ecossistema.
Os planos da Volkswagen para o futuro são ambiciosos e sustentáveis. A empresa tem como meta se tornar neutra em emissões de carbono até 2050, seguindo o programa Way to Zero. Para isso, a Volkswagen investe na eletrificação e na digitalização de seus produtos e processos, lançando modelos como o ID.Buzz, um carro elétrico inspirado na Kombi.
A empresa também busca desenvolver soluções de mobilidade inovadoras e inclusivas, por meio de parcerias e pesquisas com outras empresas e instituições. Além disso, a Volkswagen faz parte do plano Transform 2025+, que visa liderar o segmento de carros elétricos no mundo até 2025.
Como funciona o ID Buzz?
O ID.Buzz é um carro elétrico inspirado na Kombi, um dos maiores ícones do design automotivo. Ele foi construído sobre a plataforma modular elétrica – MEB do Grupo Volkswagen, que permite uma maior autonomia e espaço interno. O ID.Buzz tem um visual cult e moderno, com faróis e lanternas de led, teto solar panorâmico e portas deslizantes. Ele também conta com tecnologias como inteligência artificial, condução autônoma e painel digital. O ID.Buzz está previsto para ser lançado nos Estados Unidos em 2023, mas ainda não tem data para chegar ao Brasil.
A autonomia do ID.Buzz depende da versão e da capacidade da bateria. De acordo com a Volkswagen, o modelo de passageiros com motor elétrico de 204 cv e bateria de 82 kWh tem uma autonomia de até 425 km no ciclo WLTP. Já o modelo de carga com motor elétrico de 150 kW e bateria de 77 kWh tem uma autonomia de até 400 km no mesmo ciclo. O ID.Buzz também pode ser recarregado em estações de carregamento rápido, que permitem recuperar até 80% da carga em cerca de meia hora.
O que é o ciclo WLTP?
O ciclo WLTP é um método de teste para medir o consumo de combustível ou eletricidade e as emissões de poluentes dos veículos leves. Ele substituiu o antigo ciclo NEDC, que era menos realista e preciso. O ciclo WLTP simula situações mais próximas das condições reais de uso dos veículos, levando em conta fatores como a velocidade, o peso, o motor e o equipamento de cada modelo.
O ciclo WLTP é realizado em laboratório, com um dinamômetro, e tem quatro fases: baixa, média, alta e muito alta. Cada fase tem uma duração, uma distância e uma velocidade média diferentes. O teste total dura 30 minutos e percorre 23 km. O ciclo WLTP é usado para homologar os veículos vendidos na União Europeia e em outros países que adotaram o padrão.
O Brasil não usa o ciclo WLTP oficialmente, porém alguns fabricantes de veículos elétricos e híbridos divulgam a autonomia de seus modelos com base nesse padrão. Isso porque o ciclo WLTP é mais realista e confiável do que o ciclo NEDC, que era usado anteriormente na Europa e em outros países.
O ciclo WLTP é obrigatório para os veículos vendidos na União Europeia e em outros países que adotaram o padrão, como Reino Unido, Israel, Suíça, Turquia, India, Coreia do Sul e Japão. No Brasil, o ciclo de homologação usados para os veículos a combustão é o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular – PBEV, que é coordenado pelo Inmetro Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia.
Veículo elétrico ou híbrido
A autonomia real de um veículo elétrico ou híbrido depende de vários fatores, como o estilo de condução, o tipo de trajeto, o uso do ar-condicionado, a temperatura ambiente, o estado da bateria e o nível de carga. Por isso, é difícil saber exatamente qual será a autonomia real de um veículo elétrico ou híbrido em cada situação.
Uma forma de estimar a autonomia real é verificar o consumo médio de energia do veículo em kWh/100 km e dividir a capacidade da bateria em kWh pelo consumo médio. Por exemplo, se um veículo elétrico tem uma bateria de 50 kWh e um consumo médio de 15 kWh/100 km, a autonomia real estimada seria de 333 km.
Outra forma de estimar a autonomia real é consultar sites especializados ou revistas que fazem testes práticos com os veículos elétricos e híbridos e divulgam os resultados obtidos em diferentes condições. Recentemente, a Revista Carro fez um teste com o Renault Zoe E-Tech 2022 e obteve uma autonomia real de 252 km em uso misto, com ar-condicionado ligado e modo Eco desativado.
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