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B3 exclui ações das lojas Americanas do Ibovespa

Após o pedido de recuperação judicial, a B3 excluiu ações das lojas Americanas e de outros índices que constitui a bolsa brasileira. Confira!

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Fonte: Google

Em um comunicado oficial, a B3 informou recentemente que as ações das lojas americanas estão excluídas de todos os índices relacionadas a bolsa brasileira. Isso quer dizer que os papéis da varejista deixarão de fazer parte do IBOVESPA, que o principal índice de referência para o mercado brasileiro. A empresa entrou com o um pedido de recuperação judicial alegando dívidas de aproximadamente R$ 43 bilhões. 

Após a revelação do rombo contábil de R$ 20 bilhões, entre as empresas que tem quantias a receber, estão fabricantes de brinquedos, instituições financeiras, auditoras de balanços da própria rede além de editoras de livros. De acordo os contadores da empresa a dívida chegam a R$ 41.235.899.286,62. 

Após a exclusão das ações das lojas americanas, a participação que a empresa possui na bolsa deverá ser redistribuída de maneira proporcional para os seus sócios e integrantes das carteiras nos índices. A B3 avaliou com cuidado a exclusão das ações da empresa devido a possíveis violações de governança depois que as inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões se tornaram públicas.  

A empresa entrou com a solicitação de recuperação judicial na semana passada, uma semana depois que o rombo sobre os balanços da empresa foi divulgado. Diante do impacto negativo com essa notícia, a B3 resolveu excluir as ações das lojas americanas de todos os índices da bolsa brasileira, para evitar mais uma crise no mercado financeiro brasileiro.  

O que é recuperação judicial?  

Trata-se de um meio usado por empresas para evitar a falência total, ou seja, o pedido de recuperação judicial consiste em permitir que a empresa suspenda as suas dívidas para que possam ser renegociadas. E desse modo, a americanas, por exemplo, evita o encerramento total de duas atividades assim como demissões e falta de pagamento dos seus credores.  

Pois como podemos ver a lista de empresas lesadas é extensa, a recuperação judicial, tem como principal finalidade apresentar uma solução. Isso quer dizer que será elaborado um planejamento de recuperação exequível, que informe aos seus credores a intensão do pagamento da dívida. Assim como, mostrar ao mercado que a empresa ainda possui condições de se reerguer. 

Então, com esse pedido a suspensão de boa parte das dívidas podem ser suspensas, mas não deixaram de existir. A empresa terá mais tempo para poder realizar o pagamento aos seus credores, no entanto, antes desses pagamentos a americanas, deverá focar no pagamento de seus funcionários, além de impostos que são obrigatórios e que são fundamentais para a empresa funcione.  

Gigante do varejo brasileiro entre com pedido de recuperação judicial  

Com uma requisição de urgência, na semana passada, a americanas entrou com um pedido de recuperação judicial após a revelação de rombo contábil de R$ 20 bilhões em seus balanços institucionais. Após a exclusão dos papéis na bolsa, as disputas judiciais por parte dos credores tiveram início, pois, eles buscam o pagamento. Logo, a americanas com a intensão de tranquilizar os seus credores; informou o interesse de pagar a dívida.  

Nesse sentido, a empresa ainda revelou que possui apenas R$ 800 milhões em caixa, o que torna o pagamento de suas dívidas insustentável. Pois, a quantia é significativamente menor do que a dívida. No terceiro trimestre de 2022, a empresa teve um lucro de R$ 8,6 bilhões, ou seja, a título de comparação não há como realizar o pagamento da dívida existente.  

No início de janeiro, a empresa percebeu que a quantia bilionária referente aos primeiros nove meses do ano passado e anos anteriores – não foram registrados corretamente. Ou seja, primeiramente a empresa alegou inconsistências em seus lançamentos contábeis. Vale ressaltar que o presidente da empresa, Sergio Rial, pediu para deixar o cargo noves dias depois de assumir.  

B3 exclui ações das lojas Americanas 

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Fonte: Google

Diante dessas notícias que abalou o mercado financeiro, a B3 resolveu excluir as ações das lojas americanas de todos os índices relacionados a bolsa brasileira. Além do presidente, o diretor financeiro, André Covre, que assumiu na mesma época que Rial, renunciou ao cargo da empresa varejista. 

Após a divulgação, os investidores ficaram receosos, por este motivo, os principais bancos colocaram os seus papéis sob revisão. Desse modo, além de excluir as ações da companhia a B3 deve leiloar estas ações. Esse leilão serve como um mecanismo de defesa que interrompe as transações comuns, no final do pregão da semana passada as ações da empresa sofreram uma queda de 77,33%. 

Segundo um relatório realizado por analistas da bolsa, essa foi a maior queda diária de uma companhia de capital aberto desde 2008. Em nota, o ex- presidente informou que a origem do problema estava em operações de risco sacado. Rial se refere a um empréstimo que faz a triangulação entre a companhia, uma instituição financeira e seus fornecedores. No caso da empresa, foram várias operações ocultas desconsiderando o grau de endividamento da varejista.  

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Copywriter / Redatora publicitária Especialista em Economia, Investimentos e finanças. Sua maior paixão é contribuir com o crescimento pessoal e financeiro das pessoas!