Recentemente o Cade aprovou a compra da Baw Clothing, marca digital de streetwear que possui um forte apelo à geração Z, consumidores entre os 20 e 30 anos. A empresa foi fundada em 2014 na cidade de São Paulo, com um estilo próprio e segundo a marca cheia de personalidade.
Os donos da marca, são os irmãos paulistanos Lucas Karra e Bruno Karra, herdeiros de uma família com tradição em confecção e malharia há cerca de 40 anos.
A companhia já nasceu com o objetivo de ser apenas uma loja virtual, a principal estratégia da empresa é a divulgação de suas peças através de influenciadores digitais, com o objetivo de gerar mais engajamento para a marca.
A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica-Cade aprovou a compra da Baw, ambas informaram ao órgão que esta transação é uma grande oportunidade de investimento para o mercado da moda brasileiro. no ano de 2020 a empresa dos irmãos Karra apresentaram um faturamento de R$ 40 milhões.
Os economistas do setor, enxergam esta aquisição como positiva e em linha com o objetivo da Arezzo de reforçar a construção do seu portfólio de vestuário, por meio da compra de marcas com perfil de líder. Assim que a notícia de que o Cade aprovou a compra da Baw pela Arezzo, a cotação das ações da empresa era de R$110,0. Segundo a Arezzo os sócios atuais da Baw devem continuar vinculados.
Faturamento da Baw Clothing
No ano de 2016 o faturamento da empresa era de R$ 800 mil, com o crescimento da marca em 2020 o faturamento da empresa chegou a R$ 40 milhões, para o segundo semestre os analistas do segmento estimam um crescimento entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões de receita com esta aquisição.
Antes de a aquisição ser concluída, Bruno Karra era o diretor-executivo da companhia e o seu irmão o diretor criativo. O sócio da companhia passará a ser consultor de marketing da divisão de roupas da Arezzo, a estratégia dos fundadores da Baw deverá permanecer, ou seja, o uso de influenciadores digitais deverá continuar.
Segundo o acordo feito, os sócios da empresa vão receber à vista R$ 35 milhões pela transação, além de permanecerem na marca. O restante, cerca de R$ 20 milhões serão direcionados a prazo no caixa da companhia, sendo R$ 50 milhões pagos pela Arezzo em papéis da empresa com interdição desta negociação por 4 anos.
Remuneração atrelada a metas
O acordo feito pelas empresas preveem, a possibilidade de os sócios da empresa adquirida receberem uma remuneração adicional de aproximadamente R$ 10 milhões, o que está ligado a metas de lucro bruto para o segundo semestre de 2021. Para os acionistas, o presidente da Arezzo, Alexandre Birman, comunicou que a empresa deverá abrir pelo menos três lojas da marca até o final do ano.
Estas lojas ficarão localizadas na cidade de São Paulo, dentre os pontos prováveis, estão a avenida Paulista, o centro da capital paulista e o bairro da Madalena. Vale ressaltar ainda que o objetivo da Arezzo, é explorar o crescimento da marca em especial, nos meios digitais, onde a marca possui muitos clientes
A empresa tem como estratégia, abrir lojas físicas em pontos de vendas que se tornem espelhos do estilo de vida desses consumidores da marca nos meios digitais, atraindo mais clientes, porém, não está nos planos da companhia abrir lojas em redes de shopping. As lojas físicas têm o propósito de funcionar como atração turística.
Cade aprovou a compra da Baw pela Arezzo
Recentemente, o Cade aprovou a compra da Baw pela Arezzo, a operação fechada no mês de junho custou cerca de R$ 105 milhões. Contudo, o valor informado pode ter um acréscimo de R$ 10 milhões para o caso de um bom desempenho através do segundo semestre.
A Baw informou ao órgão, que este negócio tornará possível a realocação dos recursos e também a concentração de esforços em outros projetos que são do interesse das empresas, a Superintendência comunicou que, a transação envolve menos de 20% do setor da Baw. Desse modo, esta aquisição não prejudicará a competitividade. Portanto, baseado neste argumento aquisição foi aprovada pelo órgão.
O pagamento acontecerá da seguinte forma; serão R$ 35 milhões, em espécie, no período de fechamento das Operações na bolsa; seguido de R$ 20 milhões no aniversário de 5 anos da data do fechamento das operações e mais R$ 50 milhões através de entregas de um número de papéis da empresa na tesouraria, correspondente ao valor referido e calculado com base na média da cotação.
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