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Apesar da queda de 65% nas emissões de debêntures, especialistas seguem otimistas! 

Após a queda nas emissões de debêntures, alguns investidores recuaram, mas especialistas enxergam o cenário de maneira positiva. Entenda.

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Fonte: Google

A queda nas emissões significa haver menos opções de investimento em crédito privado, que as empresas estão pagando mais caro para se financiar e que os investidores estão exigindo prêmios maiores para assumir riscos. Além disso, a queda nas emissões pode refletir a piora do cenário econômico e político do país, que afeta a confiança dos agentes e a demanda por crédito. 

Por outro lado, a queda nas emissões também pode representar uma oportunidade para quem tem visão de médio e longo prazo e quer aproveitar os retornos mais altos oferecidos por algumas debêntures de boa qualidade. Nesse caso, é importante fazer uma análise cuidadosa das empresas emissoras, dos riscos envolvidos e da liquidez dos papéis. Também é recomendável diversificar a carteira e investir por meio de fundos especializados em crédito privado. 

Para escolher um bom fundo de crédito privado, você deve considerar alguns fatores, como: o tamanho da exposição do fundo aos títulos de crédito privado, a qualidade das empresas emissoras dos títulos. Será necessário observar, as notas de crédito emitidas pelas agências de risco. Vale lembrar ainda que você também deve prestar atenção ao histórico do desenvolvimento do fundo. 

Nesse contexto, o investidor deverá prestar atenção na taxa de administração trata-se de um percentual cobrado anualmente sobre o patrimônio do fundo para remunerar os serviços de gestão, administração, custódia e distribuição do fundo. Ela é descontada diariamente do valor da cota do fundo e reduz a rentabilidade do investidor. 

O que é taxa de performance? 

A taxa de performance é um percentual cobrado sobre o rendimento do fundo que excede um determinado indicador de referência, chamado de benchmark. Ela serve como um incentivo para o gestor buscar uma rentabilidade superior ao mercado. Ela é cobrada semestral ou anualmente e também reduz a rentabilidade do investidor. 

Por exemplo, se um fundo de crédito privado cobra uma taxa de administração de 1% ao ano e uma taxa de performance de 20% sobre o que exceder o CDI, isso significa que, se o fundo render 10% ao ano e o CDI render 5% ao ano, o investidor pagará 1% de taxa de administração e 1% de taxa de performance 20% sobre os 5% que excederam o CDI. A rentabilidade líquida do investidor será de 8% ao ano. 

Porém se, o fundo render 5% ao ano e o CDI render 5% ao ano, o investidor pagará apenas 1% de taxa de administração e nenhuma taxa de performance, pois o fundo não superou o CDI. A rentabilidade líquida do investidor será de 4% ao ano. 

Taxas médias dos fundos de crédito privado 

As taxas médias dos fundos de crédito privado variam segundo o tipo, o prazo e o risco dos títulos que compõem a carteira do fundo. Segundo o Banco Central do Brasil, a taxa média de juros das operações de crédito com recursos livres para pessoas jurídicas foi de 14,9% ao ano em novembro de 2022. Essa taxa pode ser usada como uma referência para os fundos que investem em títulos de empresas privadas. 

Vale lembrar que os fundos de crédito privado que mais se destacaram em 2021 tiveram rentabilidades entre 10% e 18% ao ano. Esses fundos investiram em títulos de empresas de diversos setores, como energia, telecomunicações, saúde e tecnologia. 

Segundo alguns analistas, as taxas médias dos fundos de crédito privado dependem muito da estratégia e do perfil de cada fundo. É importante comparar as taxas cobradas pelos fundos com as taxas oferecidas pelos títulos que eles investem, para avaliar se vale a pena pagar pelo serviço de gestão. 

O que são debêntures, CRIs, FIDC e FII? 

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Fonte: Google

Debêntures, CRI, FIDC e FII são tipos de títulos de crédito privado que podem compor a carteira de um fundo. As debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas não financeiras, que oferecem uma remuneração ao investidor em troca do empréstimo de recursos. As debêntures podem ser simples ou incentivadas. As simples são tributadas pelo imposto de renda, enquanto as incentivadas são isentas para pessoas físicas. 

Já os CRIs – Certificado de Recebíveis Imobiliários, são títulos de crédito lastreados em recebíveis originados de negócios imobiliários, como aluguéis, financiamentos ou vendas. Os CRIs são emitidos por securitizadoras e também são isentos de imposto de renda para pessoas físicas. FIDC – Fundo de Investimento em Direitos Creditórios são fundos que investem em direitos creditórios, que são créditos que uma empresa tem a receber, como duplicatas, cheques ou parcelas de vendas.   

E por fim, o FII – Fundo de Investimento Imobiliário são fundos que investem em ativos relacionados ao mercado imobiliário, como imóveis, cotas de outros fundos imobiliários ou títulos de renda fixa do setor. Os FII podem ser de tijolo, de papel ou híbridos. Os de tijolo investem em imóveis físicos, como shoppings, escritórios ou galpões.

Os de papel investem em títulos de renda fixa do setor imobiliário, como CRI ou LCI. Os híbridos investem tanto em imóveis quanto em títulos. Os FII também são isentos de imposto de renda para pessoas físicas, desde que sejam negociados na bolsa ou no mercado de balcão organizado e que o investidor tenha menos de 10% das cotas do fundo. 

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Amanda Gonçalves | Graduanda em História pela UFRJ | Redatora e Copywriter com foco em conteúdo estratégico para o setor financeiro, unindo clareza, criatividade e persuasão