Devido a pandemia do novo coronavírus, muitas empresas estão trabalhando de home office e isso resultou em diversos imóveis comerciais vazios. Além disso, o baixo faturamento também obrigou as empresas a procurar formas de economizar. Por isso estão tendo que fazer mudanças e uma dessas é nos preços dos aluguéis, com a finalidade de reduzir gastos.
Com isso, o preço de venda assim como aluguel de muitos imóveis comerciais caiu, fechando 2020 no negativo; e os valores ficaram abaixo da inflação no mês de dezembro dão indícios que este pode ser um bom momento para negociações com os donos de imóveis.
Mas , o preço médio de venda de imóveis (comerciais) teve recuo de 0,46% em dezembro. Enquanto o valor médio das locações deste segmento, a queda foi de 0,13% no mesmo período.
São dados do Índice FipeZap de venda e locação comercial; indicador que faz acompanhamento dos preços de salas comerciais com até 200 metros quadrados em dez cidades no Brasil. Além disso o indicador revela que ao longo do ano passado os escritórios foram se esvaziando, batendo recorde como por exemplo no Rio de Janeiro. No qual, 24% dos escritórios comerciais estão desocupados.
Ainda na capital carioca, espaços comerciais de alto padrão desocupados registraram 40% do total, no qual o nível considerado saudável seria de 10%. De acordo com especialistas no assunto, isso é “bom” para os inquilinos que podem negociar valores de alugueis. Enquanto na cidade de São Paulo, os números saltaram de 13% no primeiro trimestre de 2020, para mais de 17%, impactos que podem variar de acordo com cada cidade.
Devido a pandemia inquilinos conseguem negociar os preços dos aluguéis.
Desde o início do ano, os resultados vêm ficando abaixo da inflação (medida pelo IPCA), foi de 1,35%, enquanto pelo IGPM a variação é de 0,96%. Sendo assim, em virtude da crise econômica, devido a pandemia, inquilinos podem tentar negociar descontos nos valores pagos mensalmente; e alguns proprietários têm interesse em manter os imóveis alugados com valor menor, já que este é um momento delicado para ambos os lados.
O desempenho ruim do preço médio no caso das vendas foi devido baixas registradas em algumas cidades do país. Em Belo Horizonte – 0,54%, Rio de Janeiro –0,58%, Porto Alegre –0,77%, Salvador –0,90% e Brasília –2,23%. Enquanto ao valor dos alugueis (média), a queda se deve pelo declínio dos preços em Curitiba –0,19%, Niterói -0,20%, Belo Horizonte –0,30%, e Rio de Janeiro –0,69%.
Além disso, o preço do metro quadrado (média) dos imóveis comerciais que foram colocados à venda em dezembro do ano passado, foi de R$ 8.392,00; já os destinados para aluguéis ficou em R$ 37,04 por metro quadrado. Das dez cidades monitoradas, São Paulo teve destaque pelo maior valor médio, em vendas de salas ou conjuntos comerciais (até 200m²), foi de R$ 9.591 m²; no caso das locações valor foi de R$ 43,90 por metro quadrado.
Maiores quedas dos preços dos aluguéis.
No ano passado, os preços médios de alugueis e vendas dos imóveis comerciais apresentaram quedas sem desconto da inflação (queda nominal); os dados foram: 1,07% para aluguéis e 1,21% para vendas, no acumulado. As cidades com maiores quedas foram Brasília com –6,60% (valor médio de vendas em 2021), e Rio de Janeiro com –6,04% queda nos preços das locações.
O cálculo do retorno médio de locação comercial ao ano foi de 5,45% em dezembro. Assim, excedendo a rentabilidade dos aligueis dos imóveis residenciais, que foi de 4,70% ao ano. Assim como o retorno já com desconto da inflação (médio real) de investimentos que utilizam a taxa Selic como referência. Afinal a taxa encontra-se em um patamar baixíssimo de apenas 2% ao ano.
Enquanto algumas capitais tiveram destaques pelo baixo preço nos aluguéis residenciais, foram elas: Belo Horizonte com R$ 23,54/m², Curitiba R$ 20,77/m², Goiânia R$ 18,46/m² e Fortaleza R$ R$ 17,37/m². O momento de crise que o país vive tem afetado a vida de todos, seja para quem paga ou vende um imóvel, residencial ou comercial; de alguma maneira todos os brasileiros estão sofrendo as consequências da pandemia desde o ano passado.
Será que 2021 é um bom ano para compra de imóvel?
Alguns especialistas no assunto afirmam que pode ser um bom momento para compra de um imóvel. Isso por que a Taxa de juros básica (Selic) está muito baixa, a menor da história, e isso permite que as pessoas consigam financiamentos habitacionais mais acessíveis. Para se ter ideia, o momento atual permite que alguém aos 35 anos consiga comprar um imóvel de R$ 410 mil (financiado pela CEF), com renda familiar, aproximadamente de R$ 9.000,00.
Enquanto a cinco anos atrás, essa mesma pessoa (família) talvez conseguisse um imóvel de R$ 300 mil, com esse valor de renda. Por isso houve mudança no setor imobiliário, que se aqueceu mesmo em tempos de pandemia. Mas algumas pessoas ainda ficam em dúvida, afinal as incertezas estão presentes em diversas áreas, e para fazer algum tipo de financiamento é preciso ter estabilidade financeira e emocional diante de um futuro tão incerto.
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