No fim da tarde da quarta-feira (24), a bolsa chegou a dar sinais de uma possível recuperação, após um começo de semana difícil. Porém não foi o que aconteceu, e o Ibovespa fechou a 112,064 pontos e com recuou 1,06%; enquanto no dia anterior o recuo havia sido de 1,49% e 113,261 pontos. Os especialista da área apontam um reflexo da crise no combate a Covid-19.
Os resultados foram pressionados por fatores no exterior, que também apresentou queda devido as notícias de uma possível terceira onda da Covid-19. Além disso, a secretária do Tesouro nos Estados Unidos, Janet Yellen, falou no congresso que será necessário elevar as receitas do governo americano; com o objetivo de ajudar na recuperação da economia do país.
Indiretamente isso levou os investidores acreditar que pode ocorrer alta dos impostos, além do Ibovespa, as bolsas americanas apresentaram queda, sendo que Nasdaq caiu pouco mais de 1%, a Dow Jones e outras também recuaram.
Mas o ambiente negativo acontece de forma generalizada, isso porque a Alemanha anunciou que vai manter o lockdown até o mês de abril. A França também informou que o país está com número recorde de pessoas internadas nas UTIs, por conta do novo coronavírus.
Enquanto no Brasil o cenário não é diferente, em todas as regiões os hospitais estão lotados, e o número de mortes tem aumentado. Portanto, a cautela por parte dos investidores é devido à preocupação com a terceira onda da doença na Europa, pandemia sem controle no Brasil, e temor com relação às demandas de petróleo e aumento dos impostos nos EUA.
Entenda a seguir as consequências e tomadas de decisões do mercado financeiro brasileiro no combate desesperado para conter os estragos causados pela crise do Covid-19.
Mercado Financeiro no Brasil
Como dito, o Ibovespa teve queda; enquanto o dólar à vista, acelerou e encerrou o dia de ontem com avanço de 2,25%, a R$ 5,64, vindo de queda baixa na última terça-feira de 0,04%, valendo R$ 5,51. Enquanto a taxa de juros fez com que agentes financeiros projetassem com mais força uma possível alta de 0,75 pontos percentuais, isso para a próxima reunião do Copom.
Logo, essa projeção refletiu diretamente na inclinação da curva de juros. Assim como, os casos avançados e descontrole da pandemia no Brasil, e o fim do isolamento social que parece ainda mais distante. O país enfrenta dificuldades também com a demora na vacinação da população, que neste momento o ideal seria a imunização em massa.
Esses são fatores que pesaram sobre a taxa de juros futuros, que ficaram da seguinte maneira: janeiro – 2022: taxa atual: 4,65% taxa futura: 4,73%; janeiro – 2023: taxa atual: 6,37% taxa futura: 6,62%; janeiro – 2025: taxa atual: 7,83% taxa futura: 8,15%; janeiro – 2027: taxa atual: 8,34% taxa futura: 8,70%.
Ativos mais impactados
As projeções são negativas no Brasil e em todo o mundo devido novos contágios da Covid-19. Também as novas medidas de restrições que certamente prejudicam atividades econômicas e preocupa os investidores em âmbito global. São fatores que afetam alguns ativos; portanto, o petróleo é um ativo que sofre com as previsões futuras da economia.
Logo, esse cenário atinge de forma direta na queda da demanda dessa commodity; e os dois tipos de contratos mais negociados nas bolsas americanas, tanto o WTI quanto o Brent, tiveram forte queda, um recuo de 6%. Enquanto essa movimentação também atinge ações como as da Petrobras que recuaram 3%, contribuindo para o desempenho ruim do Ibovespa.
Além da Petrobrás, outra empresa que compõe a lista de bastante peso no Ibovespa, que também apresentou queda foi a Vale. Embora o minério de ferro tenha apresentado avanços no mercado internacional, as ações da companhia caíram mais de 2%. Contudo, notícias ruins tem alto peso na economia mundial, mas em países emergentes os impactos são maiores.
A nossa esperança contra o Covid-19
Diferente de outros países que a vacinação tem avançado de forma rápida, no Brasil a imunização da população segue em ritmo lento. Além disso, o fim da pandemia parece ainda distante devido as últimas informações vindas do exterior. Enquanto a reunião do presidente com a equipe do governo, parece “ter esquentado”, com ofensas e o Ministro da Relações Exteriores – Ernesto Araújo, deixando o local antes do fim da reunião.
De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde, o Brasil já soma mais de 298 mil mortos, e cerca de 12 milhões de casos de Covid-19, e registros recordes de morte diárias, um total de 3.158 na última terça-feira (23). Além do mais, vários estados enfrentam a falta de vagas em UTIs (Unidade de Terapia Intensiva), falta de medicamentos para intubar pacientes, e pessoas sendo atendidas até em recepções de hospitais.
As expectativas são grandes, mas enquanto não houver vacinas suficientes e apresentação de medidas enérgicas no combate ao vírus da Covid-19, por parte do governo e sua equipe. O país segue sofrendo de diversas formas, principalmente o risco fiscal, que já está bastante elevado, e a pressão pelo auxílio emergência e outros recursos para a população continuam. Por isso, cada pessoa deve fazer a sua parte, seguir todos os cuidados e evitar aglomerações.
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